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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O novo mercado de trabalho que já é realidade

 


As novas profissões dentro do mercado de trabalho avançam com propostas encaminhadas pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) e MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), quanto as normas de saúde e direitos trabalhistas.


A proposta surge após estudo coordenado por um grupo de trabalho da USP (Universidade de São Paulo), liderado pelo professor e juiz Guilherme Feliciano, para atualizações trabalhistas destinadas a motoristas de aplicativos e MEIs, ligadas a três NRs (Normas Regulamentadoras).


O objetivo é permitir que estes profissionais tenham respaldo maior por parte dos empregadores, com que as empresas passem a ter responsabilidade pela saúde do empregador e segurança. Para os empregadores, a disponibilização de manuais de orientação para “avaliação, identificação e controle do ambiente de trabalho”, entre outros pontos.

FONTE: UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES (UGT) https://www.ugt.org.br

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Diretores da CNTI são recebidos pelo presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa

 



Além de questões cruciais sobre a importância da Justiça do Trabalho, da manutenção e ampliação de direitos dos trabalhadores, também foi abordada as implicações do processo de repactuação reparadora aos danos humanos, sobretudo aos trabalhadores, os sociais e ambientais, tendo em vista a tragédia criminosa decorrente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana-MG, em novembro de 2015, envolvendo as empresas Vale, BHP e Samarco.


Como ponto principal da reunião foi destacado que esse “acordo”, inclusive com a participação das estruturas governamentais e do Estado (em suas três esferas), está em curso excluindo as representações laborais dos vitimados e, por isso, terá como consequência mais e maior sofrimento e injustiça seja aos familiares dos trabalhadores mortos e aos trabalhadores diretamente envolvidos nesta tragédia e à população das comunidades atingidas.

 

 

Destacou-se também as ações relacionadas a esse tema e promovidas pelos sindicatos das categorias envolvidas, sendo fundamental que alta corte trabalhista e outras instâncias superiores da Justiça brasileira, se posicionem em defesa dos direitos coletivos e individuais dos trabalhadores e restabeleça alguma dignidade às vítimas e/ou aos seus familiares.

 

FONTE: Blog de Noticias da CNTI -  https://cnti.org.br

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Mortalidade empresarial

 


Estatísticas divergem quanto ao encerramento das atividades de empresas recém-criadas no nosso país: algumas fontes indicam que 40% não resistem cinco anos, após sua constituição; outras indicam que a mortalidade empresarial seria de 89%, nos cinco primeiros anos. É possível discutir os critérios de um e outro levantamento, entretanto o que mais interessa é perguntar o motivo para que esses alarmantes percentuais sejam alcançados e quais seriam as soluções para que tal não ocorresse.

Para que uma empresa vá à insolvência financeira ou econômica não é preciso muito tempo. Basta que seus parceiros percebam que ela não está com a mesma capacidade de honrar pedidos, pagamentos, salários, empréstimos, que eles deixam de atuar com ela ou reduzem suas exposições ao risco. Ao contrário, para construir uma empresa respeitada, levam-se décadas. Por isso, com algum trabalho intenso e competente, é possível ganhar tempo para o Brasil, os sócios/acionistas, os trabalhadores, os fornecedores, os financiadores, adotando um processo de reestruturação ou de recuperação empresarial, este podendo ser judicial ou extrajudicial.

O sintoma mais evidente de que a empresa está em dificuldades é o financeiro: atraso ou falta de pagamento a fornecedores, bancos, funcionários e recolhimento de tributos. Certamente, o agravamento da crise também está associado aos altos encargos exigidos pelos financiadores bancários e não-bancários, mas é necessário considerar que o departamento financeiro costuma herdar os reflexos da ineficiência dos setores de compras, produção, logística, vendas, manutenção, gestão de pessoal, etc.

Ser crescentemente ineficiente, em certa medida, é uma característica humana, que pode estar associada à falta ou a falhas do planejamento, como também da condução e dos controles das atividades da empresa, que são relaxados ao longo do tempo. Sob esse enfoque, a reestruturação empresarial não é uma necessidade apenas quando a crise já está instalada, e sim um processo contínuo ou ao menos periódico, enquanto ainda são menos custosos eventuais ajustes.

Além dos problemas internos, as empresas sofrem (ou aproveitam-se) do ambiente econômico, social, político, cultural, tecnológico onde estão inseridas. Instituições empresariais que ultrapassaram décadas e séculos de existência sucumbiram em virtude de não conseguir adaptar aos novos tempos e àquilo que o consumidor atual deseja obter. Por exemplo: tendem a desaparecer academias de dança que continuam buscando seu alunado entre as meninas com seis ou sete anos de idade, que no século XXI têm muitas alternativas para aproveitar o seu tempo livre, se não abrirem as suas portas para adultos e idosos que sempre quiseram exercitar passos de dança e não puderam (ou deixaram de fazê-lo). Mudam os desejos, os gostos, e as empresas precisam também mudar, mantendo características essenciais.

Quando se fala de “Custo Brasil”, nem sempre é ressaltado o patamar altíssimo das taxas de juros pagas às instituições financeiras e outros financiadores. Os encargos para o fluxo de caixa da empresa pesam significativamente nas despesas, e muito mais o que é cobrado sobre dívidas anteriores. Não se pode incluir no preço presente o quando se gasta com o endividamento pretérito, de modo que, o lucro bruto atual deve ser suficiente para suportar esses encargos do passivo, o que nem sempre é viável. Uma iniciativa que já deu certo: organizar a empresa pra não precisar de capital bancário, o que demanda algum tempo para implementar. Outra, possível mas incipientemente adotada: migração dos recursos e empréstimos das empresas para cooperativas de crédito, que exigem encargos menores.

A reestruturação é um processo que não exige formalidade jurídica. Basta que os sócios/acionistas resolvam corrigir os problemas que costumeiramente existem em todos os departamentos, de preferência antes que se inicie o período de atrasos ou inadimplência para com terceiros. Quanto mais cedo, menos conflitos com fornecedores, clientes, bancos e trabalhadores. Mas é preciso que quem o faça saiba lidar com crises, pois medidas emergenciais podem ser necessárias, e quem está no dia-a-dia da companhia normalmente não pensa tem tais soluções, pois, se as tivesse, talvez não houvesse as dificuldades detectadas.

Já a recuperação, normatizada pela Lei 11.101/2005, tanto pode ser proposta diretamente ao Judiciário, como extrajudicialmente, com homologação judicial do acordo firmado. O deferimento da recuperação traz para a empresa o benefício da suspensão dos processos em curso contra ela, por 180 dias, até que possa ser aprovado o Plano de Recuperação Judicial. Já a recuperação extrajudicial não tem esse favor, mas poderia tê-lo: se fosse introduzida na lei a possibilidade de a empresa pedir ao Judiciário a suspensão de processos contra ela, pelos mesmos 180 dias, informando que está entabulando com seus credores renegociação de suas dívidas, o que resultaria em um processo judicial demorado a menos.

• Para os casos de processos de recuperação judicial em valores mais significativos – o maior do Brasil envolve débitos da ordem de R$ 100 bilhões – deveria ser obrigatória a nomeação do Gestor Judicial, que substituiria os diretores em sua função executiva. A razão é simples: se a diretoria não conseguiu que a empresa chegasse ao ponto de insolvência, é provável que ela tenha dificuldades de sair dela, e por isso necessário que profissionais preparados para gerir na crise sejam colocados à frente da empresa.

• Também seria necessário, ao menos quando se trata de muitos credores cuja soma de créditos é extremamente significativa, haver investigação sobre a conduta dos dirigentes, sob o enfoque criminal. Está em curso um processo de recuperação judicial em que dezenas de milhares de consumidores foram iludidos por uma empresa que praticamente só existe na nuvem, e mais de 80% dos valores a ela transferidos transformou-se em “despesas de marketing”, o que precisa ser rigorosamente investigado e analisado o destino desses montantes.

• Em outros casos, o acobertamento de condutas indevidas de determinados credores pode conduzir a um certo acordo de “deixa pra lá”, que acaba por prejudicar aos demais. Não se pode dizer, a priori, que, numa recuperação ou reestruturação, também não haja culpa dos credores, e todos sofrem por isso, inclusive e principalmente, aqueles que podem menos.

• A chamada “Declaração de Direitos de Liberdade Econômica”, foi formalizada pela Lei 13.874/2019, em alguns pontos, coloca no mesmo patamar micro, pequenas, médias e grandes empresas e conglomerados, como se todas tivessem o mesmo poder de negociação e subsídios para decidir. Na realidade, tal não acontece. É notório que grandes clientes impõem as suas condições a pequenos e médios fornecedores, assim como bancos estipulam, sem direito a discussão, as cláusulas dos seus contratos. Em um trecho da lei, ela estabelece que o contrato firmado entre as partes sobrepõe-se ao que está determinado na legislação pertinente. Ora, a lei estabelecida pelo Estado serve, justamente, pra proteger os pequenos dos abusos dos grandes. Se abolido tal princípio, é provável que haja mais quebras de empresas micro, pequenas e médias, posto que não conseguirão ter resultado econômico e financeiro suficiente, se seguirem, sem poder recorrer dos abusos, ao Judiciário ou à Arbitragem.

FONTE: Agência Sindical

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Câmara discute projeto que prevê uso do FGTS para instalação de energia solar residencial

  


Pela proposta, até 50% do saldo do FGTS poderá ser utilizado para compra de gerador e placas fotovoltaicas


Além das autorizações já previstas, como compra da casa própria e tratamento de doenças graves, um projeto de lei está sendo discutido na Câmara dos Deputados para permitir que parte do saldo do FGTS possa ser utilizado para instalação de equipamentos de geração de energia solar em residências.


O PL 2554/24, apresentado pelo deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), se aprovado, permitirá que trabalhadores utilizem o FGTS para comprar e instalar geradores e placas fotovoltaicas em suas casas.


Tavares explica que o objetivo é incentivar o uso de energias renováveis e, ao mesmo tempo, oferecer benefícios econômicos aos trabalhadores, disse em entrevista à Agência Câmara de Notícias.


Pela proposta, até 50% do saldo do FGTS poderá ser utilizado nessa modalidade, a cada cinco anos. Caberá ao conselho do fundo estabelecer as condições necessárias para a operacionalização da lei, incluindo os procedimentos para saque, os critérios de elegibilidade dos sistemas de energia solar fotovoltaica e as certificações necessárias das empresas fornecedoras.


De acordo com informações do Portal Solar, o custo de instalação do sistema de energia solar em uma residência pode variar de R$ 9 mil a R$ 26 mil, dependendo da potência do gerador. Já o preço do equipamento (gerador e placas) tem uma faixa muito ampla, dependendo da configuração e dimensão do projeto.

 

Fonte: Valor Investe - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Privatizar o lucro e gerar o desespero – Lineu Mazano

 

No momento em que mais se fala sobre a responsabilidade da Enel acerca da falta de energia para milhares de famílias paulistanas, devido ao forte temporal que caiu em São Paulo na última semana, quero deixar aqui uma reflexão.

Quando políticos alinhados com o liberalismo falam em privatizar setores essenciais para o povo brasileiro, com amplo apoio de sua base eleitoral, eles estão visando o lucro. Sempre o lucro. Um exemplo disso era a tentativa de privatização da Petrobras durante o governo Bolsonaro. O petróleo é um negócio lucrativo demais em todo o mundo. Quem detém poços de extração, não entrega de bandeja.
 
Mas com o olhar de que isso pode enriquecer grandes empresários, as regras desse jogo mudam. E então o povo passa a ser forçado a pagar mais caro por algo que deveria satisfazer às suas necessidades mais básicas.

O mesmo ocorre com a energia elétrica. A Enel, empresa que cuida da geração e distribuição de energia em São Paulo, tem esse olhar. O lucro é todinho dela. O povo paga mais caro. Quando há momentos de crise, não é problema dela.

Enquanto servidores públicos e dirigentes sindicais da categoria, buscamos defender os direitos dos trabalhadores e também da população que utiliza os Serviços Públicos gratuitos.

Essa crise nos mostra que, enquanto estivermos envoltos à falácia da sanha privatista, estaremos à mercê de grandes empresários que só querem ficar cada vez mais ricos. Gere o desespero que gerar na população. Afinal, o problema não é deles.

Lineu Mazano, Presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fessp-Esp) e Vice-Presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB).

 

 

presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo apresenta propostas ao Ministro de Minas e Energia


Chicão apresenta propostas e notificação extrajudicial ao Ministério para solucionar demandas no setor elétrico

 

Chicão entrega propostas para o setor elétrico


O presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo Annunciato (Chicão), se reuniu em Brasília com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na quarta-feira, 23.


Durante o encontro, eles debateram os problemas que tem afetado o setor elétrico nacional.


Chicão apresentou propostas para solucionar demandas importantes do setor elétrico, e ainda, entregou cópia de notificação extrajudicial que o Sindicato dos Eletricitários de SP encaminhou a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).


Chicão critica:

“Apesar dos sérios riscos à população e trabalhadores a ANEEL segue inerte, sem reação, em prejuízo dos cidadãos brasileiros”.


O Sindicato permanece a disposição do Ministério para contribuir na construção de saídas que atendam o interesse da Nação.

 

Chicão conversa com ministro Alexandre Silveira

 

Fonte: Rádio Peão Brasil - Do Blog de Notícas da CNTI - https://cnti.org.br

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

“Pejotização do país é um risco à proteção social e trabalhista”, afirma Flávio Dino

 


Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na terça-feira (22) que o Brasil pode se tornar uma “nação de pejotizados”, caso nada seja feito para deter o avanço de contratações sem vínculo empregatício.

“Acho que nós tínhamos que revisitar o tema, não para rever a jurisprudência, mas para delimitar até onde ela vai, porque hoje nós vamos virar uma nação de pejotizados”, afirmou o ministro durante julgamento na 1ª turma do STF.

De acordo com o ministro, a contratação de trabalhadores como PJs (pessoas jurídicas) traz riscos à proteção social e trabalhista.

“O pejotizado vai envelhecer e ele não terá aposentadoria. Esse pejotizado vai sofrer um acidente de trabalho e ele não terá benefício previdenciário. Se for uma mulher, ela vai engravidar e não terá licença gestante”, sinalizou Flávio Dino.

As advertências do ministro sobre o tema ocorreram durante julgamento no qual uma empresa de produção audiovisual questionava a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que reconheceu vínculo entre ela e um ex-assistente de iluminação.

Flávio Dino, como relator do caso, defendeu que a decisão do tribunal trabalhista deveria ser mantida, por não contrariar entendimento do STF a respeito de terceirização.

FONTE: https://horadopovo.com.br

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Redução do Seguro-Desemprego

 

NOTA

 

Redução do Seguro-Desemprego

 


A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria expressa sua indignação com a proposta de mudanças no seguro-desemprego, que, segundo informações veiculadas na imprensa, está sendo discutida em ministérios do governo federal, especialmente na Fazenda.


Qualquer mudança nesse pagamento, fere a dignidade humana e é totalmente desconectada da realidade de quem já enfrenta o desemprego.


É inaceitável que o presidente Lula, eleito pelo Partido dos Trabalhadores, em uma pauta de defesa dos interesses dos mais necessitados, considere tais mudanças sem consultar o movimento sindical, que representa a classe trabalhadora do País.


O seguro-desemprego é um direito fundamental que garante segurança financeira em momentos de vulnerabilidade. O diálogo com os representantes dos trabalhadores é essencial para garantir que suas necessidades e direitos sejam respeitados.


Não se pode mexer em um benefício tão crucial para a proteção dos trabalhadores. O corte de gastos deve ser nas benesses e privilégios das classes dominantes e de seus representantes nas estruturas de poder, e, sobretudo no pagamento da taxa de juros que esfola toda a população brasileira e remunera os especuladores e banqueiros.

 

 


A Diretoria

 

 FONTE: Blog de Noticias da CNTI - https://cnti.org.br



segunda-feira, 21 de outubro de 2024

É absurdo reduzir o seguro-desemprego! – Miguel Torres

 


Fomos surpreendidos com as notícias de que ministérios do atual governo federal, em especial o da Fazenda, defendem mudanças no seguro-desemprego. Será que o presidente Lula aprova essa medida prejudicial aos trabalhadores?

Pra começo de conversa, os representantes dos trabalhadores não foram chamados para opinar sobre isso.

Não se mexe em um direito que representa uma segurança financeira para quem está desempregado no mercado formal ou está afastado temporariamente para fazer cursos de qualificação ou é pescador no período do chamado defeso.

Diminuir esse direito é uma crueldade, é uma visão deturpada de quem nunca sentiu na pele o que é ficar desempregado.

Os membros do governo que propõem reduzir o seguro-desemprego repetem a ladainha de outros governos que sempre chamaram de “gastos” o que na verdade são medidas sociais importantes para o povo brasileiro.

Esperamos que o presidente Lula não aprove a ideia e convoque as centrais sindicais, representantes dos trabalhadores, para um início de diálogo democrático e franco.

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

 

 

Presidente da CNTI participa de reunião com o Vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços - MDIC, Geraldo Alckmin

 

 


 

José Reginaldo Inácio, presidente da CNTI, juntamente com representantes das centrais, estiveram reunidos com o Vice-presidente e Ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, apresentando suas preocupações sobre acordo comercial envolvendo Mercosul e União Europeia, notadamente acerca da participação brasileira. Ocasião em que também foi formalmente entregue convite para a sua participação em evento sobre a Nova Indústria promovido pelas centrais no dia 08/11/24, em São Paulo.


 

 

  FONTE: Blog de Noticias da CNTI - https://cnti.org.br

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Juros altos freiam o crescimento – Clemente Ganz Lucio

 

As Centrais Sindicais apresentaram na Pauta da Classe Trabalhadora 2022 um conjunto de 63 diretrizes para orientar e promover o desenvolvimento brasileiro, no qual indicam que a estratégia estruturante é a promoção e a sustentação do crescimento econômico com geração de empregos de qualidade e aumento dos salários. Nos debates sindicais sobre os bloqueios e obstáculos a esta estratégia se destacam, entre outros, as altas taxas de juros praticadas no Brasil.

Há um entendimento de que a política monetária está orientada para impedir o desenvolvimento econômico do país. Pergunta-se: o Brasil está proibido de crescer? O crescimento faz mal à economia e à sociedade? Crescimento causa mal-estar e desconforto ao mercado? Por que no Brasil o crescimento econômico é perigoso?

Isso se apresenta, por exemplo, nas projeções econômicas que os analistas de mercado projetam, e os veículos de comunicação divulgam com manchetes, de taxas de crescimento muito menores do que as efetivadas? Erram continuadamente! Mesmo assim, são esses mesmos analistas de mercado que projetam, também com manchetes, constantes ameaças de alta da inflação, apesar de as taxas anuais permanecerem dentro das bandas da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional. Também são os mesmos que propagam o mantra do risco fiscal no Brasil e impõem uma agenda de ajuste do orçamento do Estado. Remédio? Elevar os juros!

Pedro Cafardo cravou, no jornal “Valor Econômico” de 24/09, que o PIB superou as expectativas do mercado neste ano, algo que ocorre desde 2020, quando se projetava uma recessão de -6,5%, mas foi de -3,3%. Em 2021, a expansão prevista era de +3,4% e foi de 4,8%. Em 2022, estimava-se +0,3% e foi de 3,0%. Em 2023, o esperado era +1,4% e chegou a 2,9%. No início deste ano, previa-se +1,6% e estamos caminhando para +3%.

A quem interessa esses persistentes erros, que metodicamente se repetem, na estimativa do crescimento do país? Por que os meios de comunicação continuam a divulgar esses prognósticos dos analistas do mercado? Por que não veiculam prognósticos de outras fontes?

Os resultados alcançados são muito robustos: a taxa básica de juros segue nas alturas. Pedro Cafardo foi certeiro (“Valor Econômico” 25/06) ao afirmar: debelada a hiperinflação em 1995, o país viveu quase sempre sob as taxas de juros reais mais altas do mundo.

Um cálculo do professor Carlos Alberto de Augustini (FGV), publicado pela “Folha de São Paulo”, mostra que as aplicações em renda fixa (CDI) deram retorno de 7.927% nos 30 anos do Plano Real, período em que a inflação (IPCA) acumulou alta de 704%. Ou seja, os ganhos foram mais de 11 vezes superiores à inflação. Outro exemplo, agora deste século, indica que, desde 2005, os juros reais de cinco anos no Brasil foram, em média, de 6,5% ao ano. Esse nível permite a um rentista dobrar seu capital em 11 anos. Nos EUA, com juros reais de 0,4% ao ano no mesmo período, seriam necessários 173 anos para o investidor dobrar seu capital.

Cabe ao Banco Central do Brasil (BC), nas reuniões regulares do Copom (Conselho de Política Monetária) realizadas a cada 40 dias, definir a taxa de juros Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela exerce uma influência direta sobre todas as demais taxas de juros no país.

O controle inflacionário é uma missão do BC no Brasil, que está colocada acima das prioridades do crescimento econômico, desenvolvimento socioambiental, do combate à desigualdade e à pobreza.

A pressão inflacionária tem múltiplas causas. Pode ser por excesso de demanda, mais capacidade de consumo do que de oferta. Neste caso, frear a economia é um remédio amargo, mas eficaz. Porém, muitas vezes, a inflação é resultado de choques de oferta (seca, enchente, guerra, etc) que geram aumentos nos preços de combustível, alimentos ou energia. Nesse caso, o aumento da Selic tem efeito muito limitado, já que a inflação não é decorrente de excesso de demanda. Mesmo assim, a elevação da Selic é usada como ferramenta padrão, o que acaba prejudicando ainda mais a economia sem resolver a causa real da inflação.

Mesmo para combater uma pressão inflacionária de demanda, causa indignação e perplexidade o fato de a Selic se manter em níveis tão elevados comparados a outros países. A alta taxa de juros atua como um pesado freio ao crescimento econômico, encarecendo de forma acintosa o crédito tanto para empresas quanto para consumidores, desestimulando investimentos produtivos e restringindo o consumo.

As dificuldades para micro, pequenas e médias empresas, que geram a maior parte dos empregos, são severas, pois têm menor acesso ao mercado de capitais e, por isso, dependem muito mais do crédito bancário para manter suas operações e expandir seus negócios.

A manutenção de uma Selic alta também é prejudicial do ponto de vista social, pois aumenta a desigualdade. Juros altos favorecem os mais ricos, especialmente aqueles que possuem investimentos em títulos públicos, que têm seu rendimento diretamente influenciado pela Selic. Assim, investidores e bancos se beneficiam com receitas de centenas de bilhões de reais todos os anos, enquanto as camadas mais pobres, que dependem de crédito, são penalizadas com um custo extorsivo

Ao desestimular o crescimento econômico, uma Selic elevada contribui para o aumento do desemprego e a redução da renda das famílias, agravando ainda mais as disparidades sociais.

Altas taxas de juros também impactam negativamente as contas públicas. Como a Selic define o custo da dívida pública, uma taxa elevada encarece o pagamento de juros sobre a dívida. Isso compromete uma parcela muito significativa do orçamento federal, limitando os recursos disponíveis para investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Cada ponto percentual de aumento da taxa básica de juros carrega um custo adicional de R$ 30 bilhões por ano para a dívida pública atrelada a essa taxa. A necessidade de o governo emitir títulos para pagar os juros de sua dívida pode criar um ciclo vicioso, onde a alta da Selic eleva os custos da dívida, que, por sua vez, aumenta o déficit público.

Altas taxas de juros atraem capital especulativo estrangeiro, mas esse capital pode sair do país rapidamente diante de mudanças no cenário internacional, gerando volatilidade no mercado de câmbio. Isso pode gerar pressão inflacionária que demanda, segundo o BC, elevar os juros.

Por tudo isso, a condução da política monetária é uma questão central e estratégica. Não pode ficar capturada nas mãos do mercado, dos bancos e dos rentistas. É preciso mudar e, por isso, as Centrais Sindicais propõem e defendem que:

  • O Conselho Monetário Nacional conte com a participação de representantes dos trabalhadores e dos empresários.
  • Que diferentes agentes econômicos, inclusive a representação dos trabalhadores, sejam permanentemente consultados pelo BC sobre as expectativas de crescimento, investimento e inflação.
  • Posicionamento contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, em debate no Congresso, que tem como objetivo transformar o Banco Central do Brasil (BC) em uma empresa pública com autonomia financeira e orçamentária, sob a supervisão do Congresso Nacional. Atualmente, o Banco Central é uma autarquia de natureza especial, responsável por executar as políticas monetária e cambial, entre outras atribuições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e assim deve ser mantida.
  • É necessário rever o descasamento do mandato do Presidente da República eleito, fazendo coincidir o mandato do presidente do Banco Central com. aquele.
  • É fundamental investir na transparência, promovendo o devido debate público para subsidiar as decisões, considerando outras prioridades macroeconômicas, como o crescimento, o combate à crise climática e emergência ambiental, a redução da desigualdade e da pobreza, entre outros.

Cabe estar mobilizado e atento a essas questões estratégicas e essenciais para o desenvolvimento brasileiro, exercendo pressão para que o debate público deliberativo ocorra com qualidade técnica e densidade política.

Clemente Ganz Lúcio, Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República, membro do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor técnico do Dieese (2004/2020).

FONTE: Agência Sindical

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Desmascarando a falácia do “Sistema” – Diógenes S. Martins

Nos últimos anos, o termo “Sistema” se tornou uma bandeira empunhada por muitos que se apresentam como disruptores da política contemporânea. No entanto, essa narrativa frequentemente se torna um discurso oportunista que ignora a complexidade das questões sociais e econômicas que realmente precisam ser abordadas. Ser contra o “Sistema” não é simplesmente criticar os políticos em exercício ou atacar adversários; é, na verdade, um posicionamento radical contra uma estrutura profundamente enraizada que perpetua a desigualdade e a exclusão social.

O que realmente significa ser contra a estrutura hegemônica

A ideia de “Sistema” muitas vezes é utilizada de forma simplista, como se fosse sinônimo do status quo político. Essa visão reducionista desconsidera as nuances das dinâmicas sociais e econômicas que moldam nossas vidas. Ao rotular qualquer um que não compartilhe de sua visão como parte desse “Sistema”, certos políticos e figuras públicas criam uma dicotomia falsa entre eles próprios e seus oponentes. Essa abordagem não apenas confunde a população, mas também desvia o foco das verdadeiras questões que precisam ser debatidas.

Ser verdadeiramente contra o “Sistema” implica reconhecer que as estruturas hegemônicas organizam as questões sociais e econômicas de maneira desigual. É uma crítica ao modelo que perpetua a exclusão social em áreas cruciais como educação, saúde e trabalho. A luta contra esse sistema não deve ser confundida com uma retórica agressiva ou ataques pessoais a adversários políticos. Ao contrário, deve ser uma busca por soluções inovadoras e inclusivas que visem transformar a sociedade de forma significativa.

A narrativa de ser “contra tudo o que está aí” é sedutora, mas muitas vezes superficial. Ela pode facilmente se transformar em um slogan vazio sem propostas concretas para mudança. A verdadeira resistência ao “Sistema” exige uma análise crítica das estruturas existentes e um compromisso com a construção de alternativas viáveis. É necessário questionar: qual é o modelo alternativo? Como podemos reimaginar um sistema que promova igualdade de oportunidades e justiça social?

Além disso, essa crítica deve ir além da mera retórica; precisa ser acompanhada de ações concretas e propostas claras. O desafio está em superar a “camisa de força cultural” que nos impede de ver com clareza as transformações necessárias. Isso significa envolver-se em diálogos profundos sobre as mudanças estruturais necessárias e construir alianças entre diferentes segmentos da sociedade.

Em suma, ser contra o “Sistema” é muito mais do que uma postura radical ou uma declaração de intenções; é um chamado à ação para todos nós. Precisamos desmascarar a falácia que reduz essa luta a simples ataques pessoais e discursos vazios. Somente assim poderemos avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.

Diógenes Sandim Martins, Médico, diretor do Sindnapi e secretário-geral do CMI/SP.

 

FONTE: Agência Sindical

Ministério do Trabalho e Emprego atualiza regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)

Nova Portaria visa combater práticas irregulares e fortalecer a saúde alimentar dos trabalhadores


Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou na quinta (10) uma nova Portaria que traz definições e restrições para o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A medida busca eliminar práticas irregulares, como o rebate, que envolve o uso de descontos ou outros benefícios não relacionados à saúde e segurança alimentar dos trabalhadores.


A Portaria estabelece que as empresas participantes do PAT, que possuem contratos com fornecedores de alimentação, estão proibidas de exigir ou receber descontos sobre o valor acordado ou qualquer outro benefício indireto. Caso essa regra seja desrespeitada, as empresas podem ser multadas entre R$ 5 mil e R$ 50 mil pelos auditores-fiscais do MTE. Em caso de reincidência, o valor da multa dobra, podendo levar ao cancelamento da inscrição no PAT e à perda de benefícios fiscais.


Programa de Alimentação do Trabalhador - O PAT conta, atualmente, com aproximadamente 469.161 empresas beneficiárias, 18.701 fornecedoras de alimentação coletiva e 35.447 nutricionistas cadastrados, alcançando um total de 21.961.737 trabalhadores beneficiados, dos quais aproximadamente 86% recebem até 5 salários-mínimos.


A empresa beneficiária do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) é isenta de encargos sociais (contribuição para o Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço (FGTS) e contribuição previdenciária). Além disso, o empregador optante pela tributação com base no lucro real pode deduzir parte das despesas com o PAT do imposto sobre a renda.


O PAT tem como objetivo a melhoria das condições nutricionais dos trabalhadores visando à promoção da saúde e prevenção de doenças por meio da concessão de incentivos fiscais. Foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, e, atualmente, encontra-se regulamentado pelo Decreto n 10.854, de 10 de novembro de 2021, com instruções complementares estabelecidas pela Portaria MTP/GM nº 672, de 8 de novembro de 2021. O Programa busca atender prioritariamente os trabalhadores de baixa renda.


Acesse a Portaria aqui.


Clique aqui e saiba mais sobre o PAT.

 

Fonte: MTE  - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Advogado alerta para direitos trabalhistas em vagas temporárias


Com a proximidade do final de ano e oferta de vagas temporárias, trabalhadores precisam precisam ficar de olho nos direitos


Com a aproximação das festas de final de ano, o comércio se aquece e surge uma demanda crescente por vagas temporárias. Fábricas, lojas e distribuidoras já estão operando em ritmo acelerado para atender às exigências das datas comemorativas. Nesse cenário, muitos trabalhadores buscam essas oportunidades, mas é fundamental estar atento aos direitos que possuem, mesmo em contratos temporários.


Doutor Márcio Coelho, advogado especializado em direito trabalhista e previdenciário, alerta sobre a importância de conhecer as garantias legais. Ao abordar os benefícios a que os trabalhadores temporários têm direito, Dr. Márcio destaca: “Os contratados sob o regime da CLT têm direito a receber o 13º salário proporcional e férias proporcionais, acrescidas de um terço. Além disso, também têm direito a horas extras e à liberação do FGTS”, afirma.


Entretanto, é importante ressaltar que nem todos os benefícios estão disponíveis para esses trabalhadores. O advogado explica que “Não têm direito ao aviso prévio e não recebem a multa de 40% sobre o FGTS. Quanto ao seguro-desemprego, o trabalhador temporário terá direito se tiver trabalhado pelo menos seis meses nos últimos 12 meses antes da demissão, não recebendo nenhum outro benefício previdenciário e se a demissão ocorrer sem justa causa”, relata.


Vagas temporárias

 

Por fim, enfatiza que “O trabalhador temporário é aquele que trabalha por tempo determinado e, mesmo assim, possui todos os direitos do trabalhador por tempo indeterminado”. É fundamental que os trabalhadores estejam bem informados sobre seus direitos, garantindo que possam aproveitar as oportunidades que as festas de final de ano trazem, sem abrir mão de suas garantias legais.


Além disso, o especialista ressalta a importância de se informar sobre as condições de trabalho e os contratos oferecidos pelas empresas. “É fundamental que os trabalhadores leiam atentamente os termos do contrato temporário, compreendendo suas cláusulas e direitos, para evitar surpresas desagradáveis no futuro. A conscientização sobre as condições de trabalho ajuda a garantir que os profissionais sejam tratados de maneira justa e respeitosa, mesmo em situações temporárias”, conclui.


Essa atenção pode fazer toda a diferença na experiência do trabalhador durante este período movimentado do ano.

 

Fonte: Brasil de Fato - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

No Brasil o salário mínimo é pequeno e não traz felicidades aos trabalhadores

 

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo deveria ser de R$ 6.723,41 em janeiro de 2024. 

O valor atual do salário mínimo, de R$ 1.412, corresponde a apenas um quinto do necessário. 

 

O Dieese considera as despesas básicas de uma família de quatro pessoas, como alimentação, moradia, saúde, educação, higiene, transporte, vestuário, previdência e lazer.

 

Depois existem pessoas que dizem não saber o porque dos aposentados continuarem a trabalhar até a morte.

 

Temos que lutar pela melhoria do salário mínimo  para que os valores sustentem uma família e possam levar à tranquilidade aos trabalhadores que se aposentam.

 

 

OS TRABALHADORES TEM QUE SE UNIR PARA ALCANÇAR A VITÓRIA!
 

terça-feira, 8 de outubro de 2024

CNTI realiza Audiência com o Secretário de Economia Verde

 


Na manhã de terça-feira (1º de outubro), o Sr. José Reginaldo Inácio - Secretário de Educação e Presidente eleito da CNTI, Sr. Pedro Luiz Vecznevski - Secretário da Região Centro-Oeste da CNTI e Secretário de Finanças eleito na CNTI e o Eduardo de Vasconcellos C. Annunciato - Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores e Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA e Secretário de Educação eleito na CNTI, reuniram-se com o Ilmo. Sr. Rodrigo Rollemberg - Secretário de Economia Verde, Sr. Lucas Ramalho Maciel – Diretor de Departamento de Novas Economias e com o Sr. Márcio Gallo – Assessor de Comunicação, com a seguinte pauta: Fontes renováveis de energia, investimento governamental setorial no Centro-Oeste para o apoio e participação do sindicalismo industriário, em prosseguimento da reunião com o Ilmo. Vice-presidente da República e ministro Geraldo Alckmin em São Paulo no dia 9 de setembro.

 

FONTE: Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Bets: O Câncer Social e Econômico que Precisa ser Extirpado

 

por Ricardo Patah - presidente da UGT


A quem realmente interessam as bets? Essas plataformas de apostas, assim como os jogos de azar tradicionais — cassinos, jogo do bicho, e outras modalidades — representam um verdadeiro câncer social e econômico para o Brasil. Elas não podem ser vistas como mera recreação ou entretenimento, mas como um vício que está destruindo a vida de milhares de homens e mulheres.


As apostas online, liberadas no Brasil desde 2018, têm causado um impacto devastador, levando cidadãos à ruína. São relatos crescentes de pessoas que perderam tudo: casa, carro, emprego e, em muitos casos, até suas famílias. Isso não pode ser encarado como algo normal ou inofensivo. Assim como enfrentamos a proliferação das cracolândias nas capitais do país, fruto de uma pandemia de crack que abala nossa sociedade há décadas, é inadmissível que agora, além desse problema gigantesco, estejamos criando mais uma armadilha para nossa população.


O vício em jogatina é tão destrutivo quanto qualquer outra dependência química. Assim como o álcool e o fumo, as apostas devem ser tratadas com extrema cautela, com regras claras sobre sua propaganda e uso. No entanto, desde a sua liberação, o poder público falhou em regulamentar adequadamente essa atividade. Não há mecanismos de proteção para os consumidores, e as plataformas de apostas continuam atuando livremente, sem qualquer preocupação com os danos que causam.


Além disso, essas plataformas têm sido amplamente utilizadas para lavagem de dinheiro de milícias e do crime organizado. Sem um controle rigoroso, elas se tornaram um prato cheio para criminosos que se aproveitam da tecnologia para mascarar suas atividades ilícitas. Enquanto isso, as polícias e autoridades lutam para acompanhar essa realidade, sempre um passo atrás dos avanços tecnológicos usados por esses grupos.


É urgente que o poder público trate as bets com a seriedade que a situação exige. Não podemos permitir que essa atividade continue destruindo vidas, causando dependência e sendo utilizada por criminosos para lavar dinheiro. A falta de regulamentação é um descaso com a população. Assim como há regras rígidas para o álcool e o tabaco, o mesmo deve ser feito para as apostas.


As bets, em sua forma atual, não trazem benefício algum para o Brasil. Elas precisam ser combatidas, reguladas e, se necessário, extirpadas do nosso sistema econômico e social. O futuro do país não pode ser jogado aos dados da ganância e da irresponsabilidade.

FONTE: Página oficial da UGT - União Geral dos Trabalhadores - https://www.ugt.org.br

MTE promove debate sobre prevenção ao assédio e suicídio no ambiente de trabalho

 Live organizada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho aborda saúde mental e o papel das empresas na promoção de um ambiente laboral saudável


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou, no dia 2 de outubro, a live "A Inspeção do Trabalho na Prevenção ao Assédio e ao Suicídio", conduzida pela Secretaria de Inspeção do Trabalho. O evento discutiu questões relacionadas à saúde no ambiente de trabalho, destacando a importância de as empresas promoverem espaços mais saudáveis e acolhedores. Mediada por Camilla de Vilhena Bemergui, coordenadora da Comissão Nacional de Combate à Discriminação e Promoção da Igualdade de Oportunidades no Trabalho (Conaigualdade), a live enfatizou o papel da Inspeção do Trabalho na prevenção de práticas abusivas e suas consequências graves, como o adoecimento e o suicídio.


Viviane de Jesus Forte, coordenadora-geral de Fiscalização em Segurança e Saúde no Trabalho, destacou como a nova fase da Norma Regulamentadora 01 (NR01) pode contribuir para a prevenção de riscos psicossociais, reforçando a necessidade de avaliar as condições de trabalho e implementar treinamentos sobre saúde mental, além de promover um ambiente organizacional positivo.


A médica psiquiatra Mariana de Lima Santos apresentou dados alarmantes sobre o aumento do número de suicídios, apontando os principais fatores de risco relacionados a essa tragédia. Já Carlos Roberto Kroll Perches, coordenador voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), abordou os desafios da organização em atender à alta demanda de chamadas, evidenciando a urgência de recrutar mais voluntários para enfrentar essa crescente necessidade. Ele observou que a alta demanda e a pressão do trabalho podem levar ao esgotamento, e identificou a gestão organizacional como uma das principais causas de bullying e assédio.


Por fim, a médica e auditora-fiscal do Trabalho (SRTE/MG), Odete Cristina Pires Reis, ressaltou a importância de campanhas preventivas no amA live está disponível no Canal da Enit no YouTube e pode ser acessada através deste link.biente laboral e anunciou a criação de uma nova cartilha abordando os temas de assédio e suicídio.


A Live está disponível no Canal da Enit no Youtube e pode ser assistida aqui.

 

 

Fonte: MTE - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Livro aponta medidas pró-reindustrialização do País

 



O livro “Produção versus Rentismo – Trabalhadores e empresários pela reindustrialização do Brasil”, de Carlos Pereira, recém-lançado pela Editora Página 8, aponta rumo à construção de um consenso de medidas essenciais para o desenvolvimento com geração de emprego de qualidade.

Medidas – Entre as quatro bandeiras prioritárias estão a redução dos juros, preferência do Estado por compras junto a empresas com conteúdo nacional, financiamento para empresas nacionais a juros compatíveis e prioridade ao mercado interno.

Fruto do Seminário Nacional pela Reindustrialização do Brasil, organizado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, em 11 de junho, o evento contou com a presença de lideres empresariais e trabalhistas de todo o País.

Barrar os juros – Adilson Araújo, presidente da CTB, diz: “É chegada a hora de ampliar o coro contra as taxas de juros absurdas e pôr fim à autonomia do Banco Central. Não acreditamos que o Brasil vá retomar a sua capacidade produtiva patrocinando uma taxa de juros maior do que a dos países em guerra. A manutenção dessa política de juros altos só serve pra alimentar o ranço rentista e a financeirização”.

Salário mínimo – Além de entrevistas com lideranças, o livro também traz a Carta ao Povo Brasileiro, resultado do evento.

A Carta defende “forjar a economia no fortalecimento da produção industrial e no mercado interno, complementados por uma vigorosa produção agrícola, um salário mínimo suficiente pra sustentar a família e estimular as vendas, com uma indústria pujante em tecnologia e respeito ao meio ambiente”.

MAIS Site da CTB.

 FONTE: Agência Sindical

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

CNJ aprova resolução para reduzir volume de reclamações trabalhistas na Justiça

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta segunda-feira (30) uma resolução que veda futuras reclamações trabalhistas quando o acordo ajustado entre empregador e empregado, na rescisão do contrato de trabalho, for homologado pela Justiça do Trabalho.


Pela resolução, apresentada pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF e CNJ, será dada quitação final, sem possibilidade de recurso, quando a rescisão for aprovada e homologada pelo juiz do trabalho, depois de garantidos direitos como assistência jurídica e sindical ao trabalhador.


Em conversa com o blog, Barroso afirmou que o intuito é reduzir a litigiosidade trabalhista do país, que traz insegurança jurídica ao empregador e acaba por dificultar a formalização de trabalhadores. Segundo Barroso, dados do CNJ mostram que há 5 milhões de reclamações trabalhistas pendentes na Justiça do Trabalho.


Exceções

 

O texto traz exceções para a quitação final, como no caso de sequelas ou doenças ocupacionais ignoradas no momento da homologação.


Nos primeiros seis meses, a resolução valerá para acordos com valor superior a 60 salários mínimos (pouco acima de R$ 56 mil), de forma a medir o impacto na redução dos processos.


Para a formulação da resolução, segundo CNJ, foram ouvidas centrais sindicais, setores empresariais, juízes do Trabalho, Ministério Público e o governo federal.

 

Fonte: G1- Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br