Confira a íntegra da nota unitária
Saudamos, neste 8 de janeiro de 2024, a democracia
Lembrar sempre para que não se repita
O movimento sindical dos trabalhadores e
trabalhadoras repudia qualquer ato golpista e
antidemocrático, como o fez em janeiro de 2023.
Associa-se às manifestações do dia 8/1/2024 em
comemoração à Democracia Inabalada que derrotou os
arreganhos golpistas de 8/1/2023.
Vivemos um extenso e sólido período sob o regime
democrático no Brasil, marcado por eleições
periódicas, pela plena funcionalidade do Congresso
Nacional, pela independência e harmonia entre os
poderes e pela liberdade de organização e atuação
das entidades civis.
A escalada golpista que culminou com o ato criminoso
do dia 8/1/2023, organizada por traidores da pátria
que não aceitaram o resultado soberano das eleições,
não conseguiu interromper este período, que se
estende desde o fim da ditadura militar, em 1985.
Cientes de que o Brasil tem desafios significativos
à frente, reconhecemos a necessidade de avançar na
inclusão social, garantindo acesso essencial à
população mais vulnerável.
Precisamos avançar na geração de trabalho decente,
na geração de mais empregos, na reindustrialização
do país, no acesso à saúde, fortalecendo o SUS, e na
garantia de acesso a todos os níveis da educação
pública de qualidade. E só podemos avançar através
do esforço das instituições democráticas.
Neste contexto, as entidades sindicais desempenham
um papel central, garantindo a valorização salarial
dos trabalhadores e das trabalhadoras, a conquista
de direitos, condições de saúde e segurança nos
locais de trabalho, bem como em manifestações por um
sistema econômico e social que contemple a inserção
do povo.
Desempenham também papel fundamental contra o
autoritarismo. Foi assim, no período mais duro da
ditadura militar quando, apesar das prisões,
torturas, perseguições e intervenções, o movimento
sindical resistiu e lutou por liberdade e por
igualdade.
Hoje, para que o país avance, precisamos garantir
que o caminho da democracia permaneça livre e
seguro.
Após quatro anos de um governo que flertava
abertamente com o autoritarismo, chegamos perto de
um golpe. Corremos o risco de ver a democracia, pela
qual lutamos bravamente, ser destruída. E isso nos
ensina a ficar alertas e permanecer lutando
cotidianamente por sua manutenção.
O movimento sindical sempre esteve na linha de
frente da luta por um Brasil democrático. Por isso,
convocamos a militância do conjunto das centrais
sindicais a participar das atividades e atos em
defesa da democracia neste 8 de janeiro de 2024.
São Paulo, 5 de janeiro de 2024
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
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