Luiz
Marinho foi metalúrgico, dirigente sindical, ministro do Trabalho,
prefeito de São Bernardo e agora volta a ocupar a Pasta do Trabalho e
Emprego. É experiente, portanto.
Num governo progressista, cujo presidente da República é também
ex-metalúrgico e ex-dirigente sindical, o Ministério do Trabalho tem que
ser Pasta forte.
Como Luiz Marinho trabalha nesse sentido, deixo aqui três sugestões:
1) Reequipar o Ministério.
A Pasta foi destroçada pelo governo Bolsonaro. Sugiro que o ministro
Marinho comece a reforçar o Ministério, com equipes e equipamentos, a
partir dos municípios com mais de 500 mil habitantes. São 41, reunindo
população de 58,8 milhões. Neles, vive grande parte da massa
trabalhadora urbana.
2) Campanha contra acidentes
Promover, em âmbito nacional, na mídia comercial, na imprensa sindical e
outros canais progressistas, uma ampla campanha contra a insegurança e
os acidentes de trabalho. Acidente significa sofrimento pessoal e às
famílias. Acidente gera despesas previdenciárias. Acidente derruba a
produtividade.
3) Campanha nacional de sindicalização
Nos mesmos canais apontados no Item 2. Mostrar que a sindicalização
agrega pessoas e grupos sociais, valoriza as entidades de classe, eleva a
conscientização dos trabalhadores, reduz a rotatividade e ajuda a
elevar salários.
Sugeri isso ao ministro Marinho, durante live recente, e ele, educadamente, saiu pela tangente, sob alegação de que essa tarefa cabe mais às entidades e às Centrais Sindicais e que não é bem esse o papel de um órgão governamental. Mas as Centrais, cá entre nós, não sindicalizam.
De todo modo, retorno aos temas e espero de Luiz Marinho a compreensão de que sindicalizar significará agregar pessoas em torno de uma agenda construtiva, ajudando a reduzir os impactos da insidiosa divisão promovida pelo bolsonarismo.
O combate aos acidentes ajudará a própria rede pública de saúde, que é ocupada quando chegam aos postos e hospitais os afetados, atingidos ou mutilados nos ambientes de trabalho.
Em tempo: sou sindicalizado desde 1979.
João Franzin. Jornalista da Agência Sindical. Matrícula no Sindicato – 6068-SP.
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FONTE: Agência Sindical
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