Em 7 de abril de 2022, o sindicalismo realizou a terceira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Em SP, ainda na pandemia, a Conclat teve como temas Emprego, Direitos, Democracia e Vida.
Dias depois, o conjunto de resoluções da Conclat foi entregue ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento na Casa de Portugal, Centro de SP. Lula, que certamente havia lido o documento, afirmou: “Mais que uma pauta de reivindicações, vocês estão me entregando um Plano de Governo”.
De eixo desenvolvimentista, o documento, com 54 pontos, abria com a questão do salário mínimo: “Instituir política de valorização do salário mínimo, que assegure a recomposição da inflação e um considerável aumento real”. O item 54 dizia: “Criar programas de construção de moradia popular e de destinação dos imóveis vazios sem função”.
O documento resultou na Pauta Unitária da Classe Trabalhadora, que uniu as correntes sindicais, criando condições para apoio futuro à candidatura de Lula, que venceu.
No começo desta semana, porém, “para efeitos de debate interno”, começou a circular o extenso PROJETO DE VALORIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA E ATUALIZAÇÃO DO SISTEMA SINDICAL – Diz a introdução: “Este documento é um instrumento interno para organizar o debate político e propositivo das Centrais e suas organizações para formular um projeto de valorização e fortalecimento da negociação coletiva e atualização do sistema de relações de trabalho e do sistema sindical brasileiro”.
Como se combina o que fazer e se faz o que combinado, o “Projeto”, que contraria essa regra, abriu debates agressivos no meio sindical. “Seus autores, diz João Franzin, jornalista da Agência Sindical, desconsideram que o mais precioso é a nossa unidade de ação, agora trincada”.
Entrevista – Leia o presidente interino da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Moacyr Roberto Tesch, no site Hora do Povo. Clique aqui.
MAIS – Acesse o site das Centrais.
FONTE:Agência Sindical
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