Junho tem alta de 0,69% no IBC-Br em relação a maio, mas resultado do segundo trimestre é inferior aos três primeiros meses do ano, o que revela desaceleração.
O Banco Central (BC) divulgou que o mês de junho teve alta de 0,69% em comparação com maio na prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo é sistematizado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). No entanto, o resultado aponta para um cenário de desaceleração econômica no segundo trimestre (abril, maio e junho).
A variação do IBC-Br no primeiro trimestre de 2022 foi de 1,1%. Já no segundo trimestre, com o resultado de junho em 0,69%, o aumento foi de apenas 0,57%, configurando a desaceleração.
Prévia de junho
O crescimento em junho ocorreu puxado pelo setor de serviços que teve incremento com o dinheiro liberado pelo governo. No período houve a antecipação do 13º de aposentados, saque de FGTS e pagamentos de programas como o Auxílio Brasil.
Apesar do resultado de junho, especialistas ouvidos pela reportagem do Valor e Correio Brasiliense acreditam em que a pressão inflacionária somada às incertezas fiscais e políticas podem contribuir para que o cenário de desaceleração econômica se concretize.
Com isso, apontam que a taxa básica de juros (Selic) em dois dígitos tem freado o consumo, fator apontado, justamente, pela ligeira melhora do IBC-Br em junho. Assim, os analistas apontam que se o cenário atual for mantido, em 2023 o PIB terá um recuo, e este processo já pode se concretizar no último trimestre desse ano com a atual política monetária.
Com informações Valor e Correio Braziliense
Fonte: Portal Vermelho - Do Blog de Notícias da CNTI
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