Índice inflacionário acumulado no Brasil, em 12
meses, foi de 11,7%
Com preços fora do controle desde 2020, o Brasil se
tornou um dos países com mais altas taxas de
inflação. É o que aponta relatório da OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) divulgado nesta terça-feira (5).
Conforme o estudo, apenas quatro países do G20 (o
grupo das 20 nações mais ricas) tinham, em maio,
inflação de dois dígitos: Brasil, Turquia, Argentina
e Rússia. Em média, a alta de preços acumulada em 12
meses foi de 8,8% no conjunto do grupo. Já no
Brasil, o índice inflacionário foi de 11,7%.
“Embora a inflação tenha se tornado um fenômeno
global em razão da disparada dos preços dos
combustíveis, energia e alimentos, taxas de dois
dígitos ainda são exceções entre as maiores
economias do mundo”, ressalta o G1.
Outra projeção da OCDE, anunciada em junho, mostrava
a crise econômica vivida no País sob o governo
Bolsonaro. De acordo com a estimativa, o PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer
somente 0,6% em 2022 – o equivalente a um quinto da
média mundial (3%).
A OCDE atribuiu “desaceleração considerável” do
Brasil justamente à inflação, bem como aos impactos
da guerra na Ucrânia e à instabilidade no mercado de
trabalho. As eleições presidenciais de outubro
também pesam na projeção.
No mundo, estima-se um crescimento de 3% do PIB
global. “O preço da guerra pode ser ainda mais
elevado. O conflito afeta a distribuição de
alimentos básicos e de energia, estimulando a alta
da inflação em todo o mundo e ameaçando
particularmente os países mais pobres”, diz Laurence
Boone, economista-chefe da OCDE.
Fonte: Portal Vermelho - Do Blog de Notícias da CNTI
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