Nesta segunda (29) dirigentes de quatro centrais sindicais, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central, se encontraram com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para conversar sobre a ideia de ele assumir o lugar de vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva. Os sindicalistas pediram a reunião, que aconteceu na Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, a Fequimfar, após sentirem que alguns setores estariam trabalhando para impedir a formação dessa chapa. A ideia de uma composição com Lula para presidente e Alckmin vice, partiu de conversas entre o PT e o PSB, conforme foi divulgado pela coluna da Mônica Bergamo na Ilustrada. O ex-prefeito Fernando Haddad seria um dos articuladores.
Os sindicalistas, que tem um canal de diálogo aberto
com o ex-governador, disseram que Alckmin saiu
“muito animado” do encontro e que tratou de questões
da conjuntura nacional, sem se restringir ao
contexto estadual. Antes desta ideia ser ventilada e
ganhar força, ele estava focado em candidatar-se
novamente ao governo paulista. Mas, segundo informou
O Globo, após a reunião de hoje ele disse que
“Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes.
Essa hipótese caminha e eu considero essa reunião
com as quatro principais centrais histórica”.
A composição passa pela saída do tucano do PSDB, que
terá o governador João Dória como candidato ao
Planalto. A expectativa é de que ele se filia ao
PSB. Neste caso, se ele for para o PSB e compor a
chapa com o Lula, o partido anunciou que deverá
pedir como contrapartida apoio do PT em alguns
estados, como São Paulo, onde pretende lançar a
candidatura de Márcio França. Existe ainda a
possibilidade de ele migrar para o PSD de Gilberto
Kassab.
Os representantes das quatro centrais envolvidas,
entre eles Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, Ricardo Patah presidente da UGT, Adílson
Araújo presidente da CTB, além de Sérgio Luíz Leite,
presidente da Fequimfar, João Carlos Gonçalves,
Secretário Geral da Força Sindical, Cláudio Magrão,
ex-presidente da Federação dos Metalúrgicos de São
Paulo, e Chiquinho Pereira presidente do Sindicato
dos Padeiros de São Paulo, acharam positiva a
reunião e veem nestas articulações um grande
potencial político. Ao Globo Miguel Torres disse
que: “Dentro da situação atual, seria muito
importante que ele aceitasse (ser vice de Lula). Nós
daremos todo o apoio”.
Contar com Geraldo Alckmin abriria à chapa lulista
um campo onde o PT não tem popularidade. Atrairia
setores conservadores descontentes com Bolsonaro e
assustados com aventureiros que possam surgir.
Nos próximos meses, até a consolidação das chapas,
ainda vai rolar muito diálogo. Entretanto o
potencial desta aliança é forte. A julgar pela
histórica rivalidade entre PT e o velho PSDB, que
inclusive já se materializou em uma disputa entre
Lula e Alckmin em 2006, a composição surpreendente
ganharia contornos de conciliação e união nacional.
Uma frente ampla para superar a crise política,
social e econômica.
Fonte: Rádio Peão Brasil - Do Blog de Notícias da CNTI
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