Os
índices de desigualdade no Brasil ainda são muito graves e profundos,
conforme revelou a Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio, a Pnad
2016, divulgada na última quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Na Agência do Rádio Mais
Segundo o levantamento, os brasileiros que pertencem a parcela dos
que tem mais rendimentos receberam, no ano passado, 36 vezes mais que os
50% mais pobres. De acordo com a Pnad, o rendimento médio mensal da
metade mais pobre foi inferior a um salário mínimo. Enquanto a pequena
fatia mais rica tinha rendimento médio mensal de R$ 27.085 no ano
passado, os 50% mais pobres receberam em media apenas R$ 747. “As
pesquisas anteriores vinham mostrando que o Brasil é um país desigual.
Essa desigualdade é bastante alta, principalmente quando se compara
internacionalmente”, disse o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo.
Essa desigualdade fica ainda pior quando são levados em conta termos
regionais, principalmente no Norte e Nordeste, onde estão concentradas a
maior parcela de pessoas com menor renda. “Temos uma desigualdade entre
uma região e outra. Somos desiguais dentro da região e entre as
regiões”, ponderou Azeredo.
O coordenador do IBGE explicou que existe uma métrica internacional
para medir a desigualdade dos países, o chamado índice de GINI. Em uma
escala que vai de zero a 1, quanto mais perto de zero, menor a
desigualdade. O Brasil registrou 0,525. Entre as regiões do país,
segundo o IBGE, o GINI atingiu o pior resultado em 2016, no Nordeste,
ficando 0,545. O Sul teve o melhor índice, com 0,465.
Ainda de acordo com o IBGE, no ano passado o país tinha 1,8 milhão
crianças de 5 a 17 anos trabalhando. Outro dado revelado pela Pnad foi
de que entre a população ocupada, os brancos representavam 46,6%,
enquanto os pretos, 9,0%, e os pardos, 43,4%.
Já quando se considera a escolaridade da população ocupada, os
trabalhadores com ensino superior completo tiveram rendimento médio
mensal de R$ 5.189, cerca de três vezes mais do que aqueles com somente o
ensino médio completo (R$ 1.716), e cerca de seis vezes acima daqueles
sem instrução (R$ 884).
FONTE: Transcrição do DIAP - http://www.diap.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27738:1-da-populacao-ganha-36-vezes-a-media-da-metade-mais-pobre-revela-pnad&catid=59:noticias&Itemid=392
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