O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou a Nota
Técnica 163, que faz uma análise das propostas
apresentadas pelas Centrais Força Sindical, CSB,
Nova Central e UGT para a reforma da Previdência,
confrontando-as com os argumentos com os quais o
governo federal busca justificar seu projeto de
reforma.
A Nota Técnica aponta que as Centrais Sindicais não têm se negado a discutir os problemas da Previdência Social, mas divergem em relação ao diagnóstico do problema feito pelo governo – que parte de uma visão meramente fiscalista da questão.
“As sugestões mostram que é possível pensar em sustentabilidade em longo prazo na Previdência, sem passar de imediato pela redução dos direitos de proteção social”, destaca o estudo, elaborado por Clóvis Scherer, Frederico Melo e Maria de Fátima Lage Guerra.
A Agência Sindical falou ontem com Maria de Fátima Lage Guerra, do escritório regional do Dieese em Minas Gerais. "É preciso uma mudança de pensamento com relação à Previdência. Enquanto o governo pensa pelo lado das despesas, as centrais olham pelo lado das receitas", defende a economista.
"Tem várias questões que deveriam estar sendo discutidas e encaminhadas juntas. Por exemplo: a estrutura salarial no Brasil. Os salários são muito baixos. A qualidade dos postos de trabalhos é muito ruim. Deveríamos estar discutindo como aumentar a participação do salário na renda, visando um cenário em que se tem menos contribuintes para a Previdência a longo prazo. Então, menos contribuintes e ainda precarizados é o pior dos mundos", explica Maria de Fátima.
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