Antes das manifestações nos dias 02 e 03 de setembro representantes de diversos Sindicatos e Federações Sindicais, ligadas a CNTI visitaram os gabinetes dos deputados federais no sentido de pressionar o Congresso nacional a impedir a possível regulamentação.
foto Gabinete deputado Sérgio Sveiter (PMDB/RJ)
Os protestos de centenas de sindicalistas ligados
a centrais sindicais provocaram o cancelamento das reuniões que aconteceriam na terça e quarta feira da
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Os manifestantes queriam impedir
que a comissão colocasse em votação o projeto de lei que regulamenta o trabalho
terceirizado (PL 4.330/04) de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO).
O presidente da comissão, deputado Décio Lima (PT-SC), cancelou a reunião e disse que não colocará em votação o projeto da terceirização da mão de obra, porque, na sua avaliação, não é de interesse da população brasileira, neste momento.
Com o cancelamento das reuniões da CCJ, os manifestantes começaram a deixar o corredor das comissões e passaram a protestar do lado de fora do prédio da Câmara. Muitos tentaram voltar, mas um forte esquema de segurança montado pela Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Legislativa impediu o acesso dos manifestantes.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas de Moraes, anunciou o cancelamento da reunião. Para ele, foi uma vitória. Os sindicalistas devem continuar protestando quarta para impedir a apreciação do projeto da terceirização. A tentativa dos sindicalistas é fazer com que o projeto seja arquivado.
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria, José Calixto Ramos, disse que o projeto é ruim para
os trabalhadores por vários motivos. Segundo ele, o acordo em torno do texto é
praticamente impossível, uma vez que os empresários não aceitam discutir alguns
pontos considerados imprescindíveis pelos trabalhadores.
“Esse projeto precariza a relação entre capital e trabalho. Ele não permite uma responsabilidade solidária do tomador do serviço, e, se a empresa for à falência, o trabalhador não tem a quem procurar para receber seus direitos. Além disso, o projeto cria categorias de primeira, segunda e terceira de trabalhadores de uma mesma atividade”, disse Calixto Ramos, que foi ministro do Tribunal Superior do Trabalho.
Fontes: Agência Brasil; Sintratextil/Petrópolis; Sindicato dos Lapidários/Petrópolis
Fotos:Wanilton reis dos Santos (Sintratextil - Petrópolis)
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