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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Protestos de sindicalistas levam ao cancelamento de reunião da CCJ - Petrópolis presente

O Movimento Sindical de Petrópolis esteve presente na manifestação em Brasilia em frente ao prédio onde funciona a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que teve repressão policial que se utilizou de gás de pimenta para tentar dispersar os manifestantes.

Antes das manifestações nos dias 02 e 03 de setembro representantes de diversos Sindicatos e Federações Sindicais, ligadas a CNTI visitaram os gabinetes dos deputados federais no sentido de pressionar o Congresso nacional a impedir a possível regulamentação.

foto com deputado Nilmário Miranda (PT/RJ)

foto Gabinete deputado Sérgio Sveiter (PMDB/RJ)

Os protestos de centenas de sindicalistas ligados a centrais sindicais provocaram o cancelamento das reuniões que aconteceriam na terça e quarta feira da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Os manifestantes queriam impedir que a comissão colocasse em votação o projeto de lei que regulamenta o trabalho terceirizado (PL 4.330/04) de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO).


O presidente da comissão, deputado Décio Lima (PT-SC), cancelou a reunião e disse que não colocará em votação o projeto da terceirização da mão de obra, porque, na sua avaliação, não é de interesse da população brasileira, neste momento. 

Com o cancelamento das reuniões da CCJ, os manifestantes começaram a deixar o corredor das comissões e passaram a protestar do lado de fora do prédio da Câmara. Muitos tentaram voltar, mas um forte esquema de segurança montado pela Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Legislativa impediu o acesso dos manifestantes.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas de Moraes, anunciou o cancelamento da reunião. Para ele, foi uma vitória. Os sindicalistas devem continuar protestando quarta para impedir a apreciação do projeto da terceirização. A tentativa dos sindicalistas é fazer com que o projeto seja arquivado.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, José Calixto Ramos, disse que o projeto é ruim para os trabalhadores por vários motivos. Segundo ele, o acordo em torno do texto é praticamente impossível, uma vez que os empresários não aceitam discutir alguns pontos considerados imprescindíveis pelos trabalhadores.

“Esse projeto precariza a relação entre capital e trabalho. Ele não permite uma responsabilidade solidária do tomador do serviço, e, se a empresa for à falência, o trabalhador não tem a quem procurar para receber seus direitos. Além disso, o projeto cria categorias de primeira, segunda e terceira de trabalhadores de uma mesma atividade”, disse Calixto Ramos, que foi ministro do Tribunal Superior do Trabalho.





Fontes: Agência Brasil; Sintratextil/Petrópolis; Sindicato dos Lapidários/Petrópolis
            
Fotos:Wanilton reis dos Santos (Sintratextil - Petrópolis)


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